A “Caninha Verde” é uma dança folclórica de origem portuguesa que se adaptou ao Brasil, especialmente nas regiões Nordeste como no município de Canavieiras e depois na região norte e sul, sendo considerada uma das mais antigas danças dessas áreas. No Brasil, a dança adquiriu características próprias e faz parte dos fandangos nos estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
A coreografia tradicional envolve duas rodas, uma de homens e outra de mulheres, que dançam em sentido contrário. Sem se tocarem, os dançarinos revezam de lugar, formando novos pares, e a cada encontro dão uma batida de palmas. A melodia é em forma estrófica, sem refrão, cantada de improviso por dois violeiros, similar a um desafio. Qualquer participante pode, durante a dança, improvisar versos que são respondidos em coro pelos demais dançarinos. O canto é em terças, e as músicas geralmente estão em compasso 2/4.
Em algumas regiões, como Parati (RJ), existem dois tipos de cana-verde: a valsada de par e a marcada. Na primeira, os pares dançam enlaçados, semelhante à valsa, enquanto na cana-verde marcada a dança se assemelha mais à quadrilha ou à ciranda, com violeiros e pandeiristas cantando ao centro da roda formada pelos dançarinos.
A dança é acompanhada por músicas específicas, como a “Cana Verde”, interpretada por Tonico e Tinoco, que foi gravada em um disco de 78 rpm no ano de 1958.
Para visualizar uma apresentação da dança Caninha Verde, você pode assistir ao seguinte vídeo:
https://youtu.be/IAdm_rO3k58?si=oQXoLENCTwdJhbV_
A dança Caninha Verde é uma expressão cultural significativa que reflete a história e as tradições das regiões como já existiu na cidade de Canavieiras e outras regiões do Brasil, mantendo viva a herança folclórica portuguesa adaptada ao contexto brasileiro.